sábado, 28 de agosto de 2010

O COSTÃO



Uma Praça na Escola

Existem coisas difíceis de ser explicadas á luz da razão, são coisas que mexem com a lógica, assim como a liberdade que é um horizonte que se abre para um sonho, onde o possível e o impossível se confundem no espaço mental da existência. As ruas se tornam estradas, que seguem em busca de destinos e a vida nos surpreende com acontecimentos novos e nunca antes vistos, enquanto as pessoas andam sob a luz das estrelas, o sonho pula para a realidade.
Assim, sem aviso, de repente, derrubaram o muro de uma escola para dar lugar a uma praça, escola e praça, existindo juntas, a praça invadindo a escola com bancos e mesas, a escola aberta na praça, com quadros e carteiras. O professor senta-se na praça e compra um algodão doce, enquanto fala da gramática, dando aula a alunos que jogam bola no gramado. A diretora calada, olha a rua da janela, ela tem os olhos sérios e rasos d’água. Ela crê na educação, ela teme a praça, sem dono, sem disciplina. Os alunos abraçam a escola, que tem em si uma praça. E agora meu Deus? Que fazer? A praça não sabe ler, a praça apenas encanta, tão cheia de liberdade, tão cheia de invasão, afinal não dará mais para diferenciar praça de escola, uma e outra, abertas, incertas à sorte da vida.
“A praça é do povo” e a escola de quem é? A escola é de quem quer! Ela não precisa de muros, nem limites, ela precisa da vontade, das buscas, ela precisa ter vida e segurança e a rua é nua de certeza, nua de nobreza, tem poesia em suas esquinas vadias, porém a escola precisa ser guardada, mantida, protegida e a praça precisa de educação.
A escola precisa aprender a dominar esta praça que nasceu em seu coração.
Professores, alunos, senhores pais, moradores e os vendedores, salvem-nos da rua incerta! Daí-nos a praça, ela nasceu nossa, ela pode ser educada para todos, Deus protegei-nos de nossa ignorância, pela praça, pelas crianças, pela escola e por todos nós.

Dedico este texto a
Elienai, como prova de carinho e admiração.
Leddo Domus

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Projeções de mim


Eu me procuro na consciência de perdido, quero me encontrar no som de um pensamento sem exigências. Quero conquistar o poder sobre o querer, me banhar nos ventos de um amanhecer.
Eu quero ser o eu mesmo no equilíbrio de minha existência, poder estar na paisagem de meu olhar e chegar longe e lá já estar para me receber tranqüilo, seguro e mostrar o horizonte em mim, um viajor sem fim.
Então, me projetarei na simplicidade da vida, para alcançar o cume de mim mesmo, levantar as mãos e tocar na essência que compõe a minha alma. Quando o belo desfilar sobre pontes de meus pensamentos, erguerei a existência na consciência do meu infinito e andarei por mares densos, não conhecidos por mim.
Então, assim estarei no abrigo de meu próprio encontrar e me entregarei à luz à qual pertenço e toda minha mente estará no mundo alcançado, no mundo conquistado pelo equilíbrio. Estarei comigo presente, em cada pensamento criado para mim e serei pura satisfação nos risos, olhares de cada pessoa que amo, de toda conquista melhor.

TRUCIUS. Domus Leddo,