Um lugar ao Sol
Manhã desmaiada
Amanhecia, a última estrela ainda brilhava,
O dia, ora tímido, surgia!
Era fria a doce matina, não havia
Sua imagem no espelho, não havia!
Apenas a lembrança me preenchia,
Sua imagem refletia nas vidraças
Coloridas da casa, ora vazia!
Havia um resquício de sorriso
Em seus lábios cerrados,
Um pensamento furtivo em
Seus olhos, então parados.
Ainda assim, amanhecia, que seria do dia?
Sem o sol, sem o céu azul, sem o cheiro
Do seu perfume, que seria?
Não viveria o prazer de ver sua face,
Ouvir sua voz cristalina, sua alegria!
A noite... anoitecia!
Leddoris, outono de 2007
sexta-feira, 29 de junho de 2007
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Cenas livres de uma Expedição
Às vezes, olhando para as vertentes do tempo ocorrido, não ocorrido ou que teria ocorrido no pretérito do perfeito, imperfeito ou mais que perfeito, e vejo-me em cenas que só hoje entendo, como um filme remoto de um tempo que não, me pertence.
Lá no quintal vasto da casa da minha avó, havia muitas árvores, mangueiras, jaqueiras, etc. No tempo da manga, eram tantas que viravam lixo.Eu e meus irmãos explorávamos cada árvore como fossem ilhas misteriosas, repletas de novos horizontes.
· Havia uma mangueira tão alta que nem todos conhecíam, só meu irmão maior.Ele subia e ia buscar manga e achava em quase toda época do ano.Ele sumia por entre as folhas e o silêncio o acompanhava.As vezes só descia a noitinha.
· Certa vez, ele nos disse que o mar azul e imenso era visto lá de cima da mangueira.Ficamos encantados, pois o mar era distante, alguns de nós nunca havia visto o mar. As estrelas cintilavam sob nuvens brancas que o vento embalava e a noite passeava por entre horas serenas da quietude.
Fomos todos dormir olhando pela vidraça da janela, a espera da claridade do dia e do sol.Houve então os sonhos e mal abrimos os olhos e o sol já dourava os reflexos dos vidros.O cheiro de café exalava, latidos e vozes na rua, a manhã era cheia de verão.
No quintal, todos íamos guiados pelo nosso irmão maior no olho da árvore, o ponto mais alto, para ver o mar. Meu irmão tinha um binóculo e um cantil de água. Éramos quatro garotos corajosos, desbravando caminhos de Robson Crusoé. Os galhos iam se tornando mais finos á medida que subíamos, alertas, cuidados, sem cordas, maribondos, passarinhos e lá íamos nós.O chão ia ficando distante, até chegamos em uma clareira da grande árvore, nos ajeitamos, enfim era o olho da árvore.Meu irmão cortou um galho com uma velha faca de cozinha e vimos o horizonte maravilhoso, era o mar, brilhante e belo cada um que olhava pelo binóculo se impressionava, estávamos a quilômetros do mar presente.Ficamos todos em silêncio na tentativa de ouvir as ondas no som que o vento trazia.Meus irmãos disseram que ouviram, mas eu ouvir mesmo o bater do meu coração, mais forte, querendo me avisar da presença maior.
Descemos cinco horas depois, com o mar ainda nos olhos e uma sensação maravilhosa de liberdade.
As cenas estão arquivadas, são remotas, mas estão vivas para sempre no tempo de minha existência.
Às vezes, olhando para as vertentes do tempo ocorrido, não ocorrido ou que teria ocorrido no pretérito do perfeito, imperfeito ou mais que perfeito, e vejo-me em cenas que só hoje entendo, como um filme remoto de um tempo que não, me pertence.
Lá no quintal vasto da casa da minha avó, havia muitas árvores, mangueiras, jaqueiras, etc. No tempo da manga, eram tantas que viravam lixo.Eu e meus irmãos explorávamos cada árvore como fossem ilhas misteriosas, repletas de novos horizontes.
· Havia uma mangueira tão alta que nem todos conhecíam, só meu irmão maior.Ele subia e ia buscar manga e achava em quase toda época do ano.Ele sumia por entre as folhas e o silêncio o acompanhava.As vezes só descia a noitinha.
· Certa vez, ele nos disse que o mar azul e imenso era visto lá de cima da mangueira.Ficamos encantados, pois o mar era distante, alguns de nós nunca havia visto o mar. As estrelas cintilavam sob nuvens brancas que o vento embalava e a noite passeava por entre horas serenas da quietude.
Fomos todos dormir olhando pela vidraça da janela, a espera da claridade do dia e do sol.Houve então os sonhos e mal abrimos os olhos e o sol já dourava os reflexos dos vidros.O cheiro de café exalava, latidos e vozes na rua, a manhã era cheia de verão.
No quintal, todos íamos guiados pelo nosso irmão maior no olho da árvore, o ponto mais alto, para ver o mar. Meu irmão tinha um binóculo e um cantil de água. Éramos quatro garotos corajosos, desbravando caminhos de Robson Crusoé. Os galhos iam se tornando mais finos á medida que subíamos, alertas, cuidados, sem cordas, maribondos, passarinhos e lá íamos nós.O chão ia ficando distante, até chegamos em uma clareira da grande árvore, nos ajeitamos, enfim era o olho da árvore.Meu irmão cortou um galho com uma velha faca de cozinha e vimos o horizonte maravilhoso, era o mar, brilhante e belo cada um que olhava pelo binóculo se impressionava, estávamos a quilômetros do mar presente.Ficamos todos em silêncio na tentativa de ouvir as ondas no som que o vento trazia.Meus irmãos disseram que ouviram, mas eu ouvir mesmo o bater do meu coração, mais forte, querendo me avisar da presença maior.
Descemos cinco horas depois, com o mar ainda nos olhos e uma sensação maravilhosa de liberdade.
As cenas estão arquivadas, são remotas, mas estão vivas para sempre no tempo de minha existência.
Sonho na tarde
A vejo na tarde, a banhar-se nas horas,
A sorrir dos olhares.
Inclua-a em meus devaneios, tão loucos,
Tão cheios, tão ricos de tão, de se e de talvez.
Ela enche meu olhar disfarçado, que encantado,
Dissimulado, mas que não pára de olhar.
Seu sorriso distante, tão belo, brilhante, não é meu,
É alheio, é de alguém que não vejo, um ladrão de querer,
Que me rouba sem saber, uma fortuna que não tenho,
Que não guardo, apenas olho.
E no final da tarde, me despeço no pensamento e,
Por um breve momento, ela está a me olhar, tão intrigada,
Desconfiada, ela é alguém de meu sonhar.
E na partida me fala, me diz,
Acabou a tarde, seja feliz!
Ainda de longe, a vejo de novo, cabeleira vasta e sedosa,
Sorriso distraído e esquecido,
Então me sinto levado, afogado de tanto sonhar.
A vejo na tarde, a banhar-se nas horas,
A sorrir dos olhares.
Inclua-a em meus devaneios, tão loucos,
Tão cheios, tão ricos de tão, de se e de talvez.
Ela enche meu olhar disfarçado, que encantado,
Dissimulado, mas que não pára de olhar.
Seu sorriso distante, tão belo, brilhante, não é meu,
É alheio, é de alguém que não vejo, um ladrão de querer,
Que me rouba sem saber, uma fortuna que não tenho,
Que não guardo, apenas olho.
E no final da tarde, me despeço no pensamento e,
Por um breve momento, ela está a me olhar, tão intrigada,
Desconfiada, ela é alguém de meu sonhar.
E na partida me fala, me diz,
Acabou a tarde, seja feliz!
Ainda de longe, a vejo de novo, cabeleira vasta e sedosa,
Sorriso distraído e esquecido,
Então me sinto levado, afogado de tanto sonhar.
´Viver sempre bem
O ser humano tem tudo para viver sempre muito bem, ele é senhor e escravo de si mesmo, ele inventa e combate todos os perigos no planeta. Quando ele se apossa da harmonia ele, então produz felicidade para muitos.
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