quinta-feira, 28 de junho de 2007

Sonho na tarde

A vejo na tarde, a banhar-se nas horas,
A sorrir dos olhares.
Inclua-a em meus devaneios, tão loucos,
Tão cheios, tão ricos de tão, de se e de talvez.
Ela enche meu olhar disfarçado, que encantado,
Dissimulado, mas que não pára de olhar.
Seu sorriso distante, tão belo, brilhante, não é meu,
É alheio, é de alguém que não vejo, um ladrão de querer,
Que me rouba sem saber, uma fortuna que não tenho,
Que não guardo, apenas olho.
E no final da tarde, me despeço no pensamento e,
Por um breve momento, ela está a me olhar, tão intrigada,
Desconfiada, ela é alguém de meu sonhar.
E na partida me fala, me diz,
Acabou a tarde, seja feliz!
Ainda de longe, a vejo de novo, cabeleira vasta e sedosa,
Sorriso distraído e esquecido,
Então me sinto levado, afogado de tanto sonhar.

Nenhum comentário: