
Sagrado ser profano
Oh Sagrado! Oh frágil!
E delicado ser!
Olhos limpos, ingênuos!
Que sorri ao olhar.
Com silêncio brando,
Meiguice e pureza inicial.
Que tem o céu no semblante!
Um ar perfumado!
Assim como uma fera escondida,
Que fixa seu olhar na perdiz distraída,
Assim com ímpeto de caçador
Que devora o ar por onde a fera passou!
É assim que se consome o fulgor!
Um querer latejante, um cio abstrato,
Um extrato lampejo, tal delicia sonhada,
O constante desejo de nunca acabar,
Ma que acaba no simples saciar.
Oh! Sagrado ser! Que me apavora
E tão frágil me domina!
Oh! Sagrado ser que me profana!
E me alucina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário